quarta-feira, 13 de abril de 2011

Part.2: PROTEÍNAS

A segunda parte do assunto referente à nutrição e composição da dieta alimentar, conforme havia dito antes, é sobre proteínas. Muito se sabe a respeito de seus benefícios, dos alimentos onde podemos encontrar uma maior quantidade destas, porém a quantidade a ser consumida diariamente, para determinados objetivos ainda é controversa. Aqui vamos entender para que estas servem, o porque de nós consumirmos e como consumir para nosso objetivo particular.

     As proteínas são substâncias complexas compostas por partículas de um componente construtor chamado aminoácido, responsável pela construção e reparação tecidual. Ao levantar um peso, há uma força que direciona as fibras musculares para condição de relaxamento, apesar de ele estar contraído, essa força faz com que pequenas rupturas apareçam no tecido muscular (causando as dores de 1 ou 2 dias após o exercício) e como forma de proteção, os aminoácidos reparam esse tecido aumentando o tamanho de suas fibras, para que o músculo esteja protegido de rompimentos futuros.
     Durante tempos defendia-se a idéia de que "quanto mais proteína melhor", a dieta hiperprotéica era muito utilizada e principalmente a partir de alimentos de origem animal e o pior, alimentos crus. Porém ficou evidente que quantidades superiores de proteína ao recomendado individualmente, aumentariam a massa gorda do indivíduo, pois todo esse aporte não seria utilizado como deveria e seria transformado em gordura. Então, qual seria a quantidade ideal de proteína a ser ingerida, e onde se encontram as melhores proteínas (se há uma proteína melhor que outra)?

     Como já se pensava antes, é realmente na origem animal que encontramos os melhores alimentos protéicos, tanto as carnes como os alimentos de origem láctea. Para se ter uma idéia do quanto se consome de proteína para determinados alimentos, segue abaixo a quantidade protéica de cada produto:

85g carne bovina magra (alcatra) - 26 g proteína
85g peito de frango assado - 26 g proteína
85g peru - 25 g proteína
28g de queijo branco - 8 g proteína
1 ovo cozido grande - 6 g proteína
34g Leite em pó desnatado - 12 g proteína
99g lentilhas cozidas - 9 g proteína
                                                           28g amendoim torrado - 7 g proteína

     Em relação a qualidade da proteína, como podemos diferenciar a função de uma proteína para outra? Na verdade, todas as proteínas tem uma mesma função, porém as suas particularidades é quanto a um maior benefício que determinada traz em relação a outra. Por exemplo:

Caseína: proteína derivada do leite fresco (compondo cerca de 80% deste) de lenta absorção (o que pode ser benéfico, pois trará um aporte de aminoácidos por um período maior do dia), rica em cálcio (ajudando na saúde dos ossos) e que deve ser consumido em períodos do dia onde não haja emergência de proteína, por exemplo: antes de durmir ou junto às refeições sólidas;

Glutamina: é o aminoácido não-essencial mais abundante no corpo, ele inibe a perda de massa magra e atua diretamente sobre metabolismo protéico, compõe cerca de 20% da quantidade total de aminoácidos circulantes no corpo;

Arginina: aminoácido mais voltado para secreção hormonal, porém que ajuda na musculação devido ao seu agente potencializador de óxido nítrico (substância que relaxa os vasos sanguíneos promovendo a vasodilatção), também atua como excelente agente imunológico;

BCAA (Isoleucina, leucina e valina): aminoácidos essencialmente reparadores e construtores de músculos e atuam diretamente sobre as fibras lesionadas;

     Existem muitos outros tipos de proteínas e aminoácidos, sendo esses os mais conhecidos. Cada um com sua particularidade e função especial.

     A segunda parte ainda sobre proteína virá brevemente...